1) O que é artroscopia??
É um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados hoje em Ortopedia e também um dos que mais evoluiu. Trata-se de uma técnica que permite ao cirurgião ter a visão indireta da articulação, através das imagens captadas pela câmera de vídeo, não sendo necessário causar uma lesão para tratar outra.

2) Todos os pacientes podem se submeter à cirurgia artroscópica?
Teoricamente, todo paciente pode ser submetido a uma cirurgia artroscópica, independente do sexo, idade e nível de atividade física, não sendo então um procedimento exclusivo dos chamados atletas profissionais. Para que isso aconteça e a cirurgia seja também segura, é preciso primeiro que o paciente procure um profissional especializado e acostumado com a técnica. Tão importante como essa fase é o chamado pré-operatório. Os cuidados com os exames complementares, a avaliação cardiológica e principalmente a análise final pelo anestesista, irão definir se o paciente pode ou não submeter-se ao procedimento. Por isso, é de extrema importância que o paciente, quando tem uma lesão dessa natureza, procure um centro especializado, onde todas essas etapas do tratamento sejam cumpridas.

3) Quais são as vantagens desse procedimento? E os riscos?
Por ser uma técnica minimamente invasiva e conseqüentemente, minimamente agressiva, é possível beneficiar o paciente em vários aspectos: menor tempo de internação, menor tempo de imobilização – o que viabiliza um retorno rápido do paciente às atividades físicas e profissionais – e melhor identificação das lesões, devido aos avanços da tecnologia de imagem. Há também uma evolução na minimização do tratamento das lesões. A lesão meniscal do joelho, considerada a mais comum tratada por essa técnica, foi uma das que mais evoluiu: no inicio era tratada por via aberta, com a retirada total do menisco. Com o advento da artroscopia, tornou-se possível tratar apenas a parte lesionada. As vantagens não param por aí: em casos selecionados, não é preciso nem mesmo retirar a parte lesionada, sendo possível tratá-la através de sutura. Assim, pacientes jovens que, cada vez mais precocemente iniciam atividades físicas mais vigorosas, passam a ter seus riscos de processos degenerativos futuros reduzidos, em função da preservação das estruturas no procedimento cirúrgico. Quanto às complicações, mesmo aquelas independentes do procedimento, como infecção e trombose venosa, tem o seu risco significativamente reduzido, já que, entre outros fatores, o procedimento tornou-se mais ágil. Por utilizar a infusão contínua de soro fisiológico, através de uma bomba que controla a pressão e o fluxo, pode inclusive ser realizado sem o torniquete, considerado até então um item fundamental e indispensável.

4) Por que fazer uma cirurgia de colocação de prótese no joelho e prótese no quadril?
Normalmente o paciente que procura um ortopedista especializado em prótese, queixa-se principalmente de dor articular, ao caminhar. Portanto, a razão verdadeira da cirurgia é o alívio da dor; às vezes tão insuportável que, à noite, mesmo deitado, o paciente sente um incômodo muito grande, sendo impedido de dormir bem e descansar.

5) Como é o resultado dessa cirurgia?
O resultado da cirurgia é a diminuição da dor e o alívio para o paciente, que costuma ficar satisfeito em poder voltar para suas atividades normais e caminhar sem sofrimento.

6) Quais são os tipos de próteses existentes para joelho e quadril?
Hoje em dia existem vários tipos de próteses, tanto de quadril, como joelho, no mercado, consideradas modernas. Os principais tipos são: prótese cimentada e sem cimento. No joelho, sempre opto por fazer a prótese cimentada. No quadril, temos a opção de fazer com ambos os tipos, mas a minha preferência, quando o paciente possui uma qualidade óssea boa, é pela prótese sem cimento, que oferece vantagens em relação à prótese cimentada, pois, além de se evitar o corpo estranho no organismo, o procedimento cirúrgico é realizado mais rapidamente. Para pacientes de qualidade óssea não tão boa, optamos pela prótese cimentada. Quando bem feita, a cimentação segue critérios bem rigorosos, com resultado bastante satisfatório. Há também uma prótese que chamamos de híbrida, que é cimentada no fêmur e tem sua parte acetabular sem cimento.

7) Como é o processo de recuperação da cirurgia?
Apesar de serem consideradas de grande porte, as cirurgias de joelho e quadril apresentam recuperação bastante rápida e dinâmica. A maioria dos pacientes já volta a fazer caminhadas, com ajuda de um fisioterapeuta e de um andador, dois dias após a cirurgia. Nosso objetivo, enquanto médicos, é que o paciente se mobilize o quanto antes e se veja livre da dor.

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